O adolescente integrante da Gaviões
da Fiel que afirma ter sido o responsável
por morte do torcedor boliviano de 14 anos, depôs em vara de Guarulhos
O adolescente de 17 anos, deixou a Vara da Infância e da
Juventude de Guarulhos depois de duas horas e meia de depoimento ao promotor
Gabriel Rodrigues Alves. Segundo o advogado Ricardo Cabral, que representa a
Gaviões da Fiel e acompanhou o jovem, ele iria assumir a autoria do disparo do
sinalizador naval que atingiu e matou Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, durante
a partida do Corinthians contra o San José, em Oruro. O menor saiu do local
exatamente da mesma maneira que chegou. No banco da frente do carro do
advogado, de boné, cabeça baixa e escondendo o rosto com as mãos. A mãe estava
no banco de trás. Ela não pôde acompanhar o depoimento.
Alguns veículos seguiram o automóvel até a esquina da rua.
Seus ocupantes pediram para que Cabral abrisse o vidro para uma entrevista, mas
ele não atendeu. O assessor do Tribunal de Justiça, Alexandre Marcusso, disse
que o caso corre em segredo de Justiça e que não poderia, portanto, dar
informações sobre o depoimento. Falou apenas que o promotor vai avaliar o caso
e decidir se o leva adiante. O menor chegou acompanhado pela mãe, mas, na hora
do depoimento, que começou por volta das 15h30m, na sala da promotoria
localizada no terceiro andar, tinha apenas o advogado ao seu lado. Depois de ouvir
H.A.M., o promotor Gabriel Rodrigues Alves irá confrontar as informações para
decidir qual encaminhamento dará ao caso. Repórteres, fotógrafos, cinegrafistas
e curiosos se acumularam no local para esperar a chegada do jovem, que voltou
ao Brasil de ônibus no último sábado. Em entrevista ao "Fantástico",
no domingo, ele afirmou ser o responsável pela morte de Kevin.
O jovem é associado da torcida organizada há dois anos e
estava na arquibancada destinada aos visitantes no estádio Jesús Bermúdez.
Segundo Cabral, ele gostaria de ter se entregado na Bolívia depois que 12
corintianos foram presos, mas por estar sob responsabilidade da torcida, foi
decidido que ele seria entregue à sua mãe. Havia temor por sua integridade
física em caso de confissão na Bolívia.
Fonte: G1 SP
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